HIDRADENITE SUPURATIVA É UMA DOENÇA DERMATOLÓGICA INFLAMATÓRIA CRÔNICA, CARACTERIZADA PELA PRESENÇA RECORRENTE DE LESÕES (NÓDULOS OU CAROÇOS) DOLOROSOS NA PELE.
ELA ACOMETE ESSENCIALMENTE AS REGIÕES ONDE A PELE FICA EM CONSTANTE FRICÇÃO, COMO AS AXILAS, A REGIÃO ENTRE AS NÁDEGAS, AS VIRILHAS E SOB OS SEIOS.
Essas lesões lembram furúnculos no início e evoluem com a formação de cicatrizes na região afetada, quando estouram. Os caroços associados à hidradenite supurativa normalmente são doloridos e podem estourar, quando então liberam uma secreção com aspecto de pus e com odor ruim. Em muitos casos, há a formação de “tuneis” (fístulas) que conectam os caroços por baixo da pele.
A incidência da doença diminui por volta dos 55 anos de idade. A prevalência da hidradenite supurativa é cerca de 1% da população global, podendo este dado ser variável entre as regiões.
Normalmente, a doença aparece durante a puberdade ou no início da vida adulta, com tendência de piora dos sintomas ao longo dos anos. A hidradenite supurativa atinge muito mais mulheres do que homens e pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum na casa dos 20 anos.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado da hidradenite supurativa ajudam a controlar melhor os sintomas, muitas vezes prevenindo o desenvolvimento de novas lesões.
Causas
Inicialmente, considerava-se que a hidradenite supurativa era uma doença da desregulação das glândulas apócrinas (responsáveis pela produção de um tipo de suor que contém ácidos graxos e proteínas que, quando entram em contato com as bactérias da pele, são metabolizados e produzem um odor ruim); hoje, porém, sabe-se que o problema é bem maior, sendo um dos fatores iniciais a oclusão do poro dessas glândulas. A hidradenite supurativa acontece quando os folículos capilares são bloqueados e inflamam, mas não se sabe exatamente o porquê desse bloqueio. A consequência dessa oclusão é a ruptura desta estrutura, levando à inflamação da glândula e da região ao seu redor, e à formação de nódulos e abcessos. Esses, em última instância, darão origem às fístulas e às cicatrizes, em uma doença que é dinâmica e progressiva.
Fatores de risco
O maior fator de risco para hidradenite supurativa é ser mulher, uma vez que o problema é muito mais comum nelas do que nos homens. Outros fatores que parecem contribuir para o desenvolvimento da hidradenite supurativa são:
Período da puberdade, ou adolescência, pelo balanço de hormônios
Obesidade
Tabagismo
Ter histórico familiar de hidradenite supurativa.
Sintomas
Sintomas de Hidradenite supurativa
Os principais sinais e sintomas de hidradenite supurativa são:
Pontos inchados (nódulos) e avermelhados na pele, parecidos com "espinhas internas" ou "furúnculos"
Dor e sensibilidade no local das lesões
Nódulos persistentes e doloridos, que podem durar por semanas ou meses
Nódulos que aumentam de tamanho
Vários destes nódulos inchados espalhados pelo corpo ou apenas um bastante inchado
Depois de "estourados", os nódulos demoram vários dias para cicatrizar
Formação de fístulas ou "tuneis" sob a pele
Cicatrizes permanentes após o desaparecimento dos nódulos
Presença de pus com odor ruim
Presença de cravos pretos na pele.
Diagnóstico de Hidradenite supurativa
O diagnóstico de hidradenite supurativa se dá a partir da consulta completa com o dermatologista, ou um médico com experiência na doença, e que inicia com uma detalhada conversa e também com exame físico. Saber do histórico das lesões e dos pormenores de cada paciente é fundamental para o diagnóstico ser feito, pois muitas vezes ele é difícil. Não é raro o paciente ter de voltar novamente ao médico para que o diagnóstico seja realizado, pois a observação do comportamento das lesões, e seu aparecimento/desaparecimento/reaparecimento são fatores de crucial importância. Se o especialista achar necessário, ele ainda poderá solicitar alguns exames, mas nem sempre isso é necessário.
Cirurgia
A hidradenite supurativa (HS) é uma infecção bacteriana crônica, multifatorial e frequentemente recorrente na pele e nos tecidos subcutâneos. No entanto, a resolução completa pode ser conseguida por meio de cirurgia. Dependendo da área e tamanho da lesão, podem ser realizadas desde uma incisão e drenagem do nódulo até cirurgias maiores. A cirurgia é frequentemente o tratamento definitivo mais adequado para a HS.